Movimentações no governo esquentam bastidores e acendem disputa “silenciosa” pela sucessão de Carlos Brandão
As peças começaram a se mover no tabuleiro político do Palácio dos Leões. Em uma reconfiguração estratégica dentro do governo estadual, a família Brandão bateu o martelo: o atual secretário de Planejamento, Vinicius Ferro, será lançado como candidato a deputado federal em 2026. Para viabilizar sua pré-campanha, ele será deslocado para a Secretaria de Assuntos Municipalistas, onde terá contato direto com prefeitos e lideranças regionais.
A mudança, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. O movimento mais simbólico está na nova função de Orleans Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão, que assumirá o comando da Secretaria de Estado de Governo (Segov-MA), um dos cargos mais estratégicos do Executivo, responsável pela articulação política estadual.
Com carta branca e acesso privilegiado aos bastidores do poder, Orleans passa a ser tratado por aliados como “o nome do grupo” para a sucessão de Brandão. Jovem e ainda sem experiência em disputas majoritárias, ele agora tem estrutura, visibilidade e a confiança direta do núcleo familiar. Mas essa escolha, ainda que “velada”, não será unânime.
Nos bastidores, cresce a tensão em torno de outro nome que já sinalizou publicamente desejo de disputar o Palácio dos Leões: o vice-governador Felipe Camarão (PT). Experiente, com trajetória consolidada na administração pública e forte ligação com o presidente Lula, Camarão vem construindo seu projeto há mais tempo e não pretende abrir mão da disputa com facilidade.
O tabuleiro está montado, mas a peça decisiva ainda não foi movida.
Por Felipe Serra
