MPMA comemora os seis anos do Centro Cultural
Em cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira, 9 de dezembro, o Ministério Público do Maranhão celebrou os seis anos do Centro Cultural e Administrativo. Participaram da solenidade, coordenada pelo procurador-geral de justiça, Danilo de Castro, membros e servidores do MPMA, artistas e convidados.
Na programação do evento, constaram a entrega do diploma “Amigo do Centro Cultural”, apresentações do Coral Vozes do MP e dos artistas Adão Camilo e Cílios Brown e, ainda, a abertura da exposição “Vilarejo”, de Vitória Rodrigues.
Localizado na Rua Oswaldo Cruz, no Centro de São Luís, o equipamento cultural está instalado no prédio que sediou a Procuradoria-Geral de Justiça, no período de 1995 a 2016. A unidade do MPMA, com foco na área cultural e histórica, tem a missão de dar visibilidade ao trabalho da instituição e oferecer à comunidade um ambiente de estímulo às artes, projetos sociais e educacionais.
Ao se manifestar, o promotor de justiça Fábio Mendes, diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), declarou que a data é de celebração e que o Centro Cultural vem cumprindo com fidelidade os objetivos para o qual foi criado, sobretudo, os de promover cultura e difundir conhecimento.
“Isso pode ser exemplificado pela quantidade e variedade de exposições e eventos promovidos pelo centro. Podemos dizer que o espaço se transformou num espaço vital e ponto de encontro da cultura maranhense, apoiando os artistas maranhenses na divulgação dos seus trabalhos”, destacou.
Na avaliação do analista ministerial e curador do Centro Cultural, Francisco Colombo, o objetivo de aproximar o Ministério Público da sociedade tem sido alcançado desde sua fundação. “Essa missão se traduz em um marco: 100 exposições ao longo desses anos. Sempre buscando, prioritariamente, atender a população negra, as pessoas pobres, periféricas, os estudantes de escolas públicas. Justamente essas pessoas vão trazendo aquilo que têm de melhor em suas contribuições: arte que leva à reflexão”.
O gestor cultural enfatiza, ainda, que, apesar de a missão ser cumprida, nunca será esgotada, pois sempre está em processo. “O Centro Cultural ocupa espaços enormes nos noticiários. Qualquer ação nossa repercute fortemente e a gente também percebe isso na gratidão dos artistas em ter um espaço democrático e aberto, contribuindo para mostrar uma outra faceta do serviço público para a sociedade”.
A administradora do CCMPMA, Dulce Serra, também ressaltou a importância da data e apresentou um relatório breve sobre o número e o tipo de atividades culturais realizadas desde que o espaço foi criado. “Foram exatamente 100 exposições, com a inaugurada nesta data, e 197 eventos, entre visitas guiadas, palestras, mesas-redondas, shows, desfiles, lançamento de livros. Acreditamos que o objetivo para o qual foi criado, ou seja, de aproximar o Ministério Público da sociedade por meio da arte e da cultura, tem logrado êxito. Por isso agradecemos o apoio de todas as gestões do Ministério Público, bem como a parceria com os artistas maranhenses”.
O procurador-geral de justiça, Danilo de Castro, afirmou que é um privilégio chefiar o MPMA que tem avançado, conquistado novos espaços, incluindo a criação do Centro Cultural, e contribuído para melhorar a qualidade de vida dos maranhenses. “Aqui acolhemos e expomos obras de arte, valorizando o talento dos nossos artistas, aos quais agradecemos pela parceria e confiança na nossa instituição. Vamos continuar trabalhando em favor de toda a sociedade”.
EXPOSIÇÃO
Ceramista autodidata há 25 anos, Vitória Rodrigues apresentou “Vilarejo”, sua primeira exposição individual da carreira. Anteriormente, ela optou por realizar mostras coletivas com outros artistas e também com seus alunos do Estaleiro Escola Luiz Phelipe Andrès, onde leciona modelagem em cerâmica há 11 anos. A técnica utilizada é mista: cerâmica, papel machê e pintura.
“Eu me sinto muito emocionada por realizar esse trabalho no Centro Cultural do Ministério Público. As maricotas tamanqueiras são figuras de terracota que contam as histórias das mulheres da comunidade do Sítio Tamancão e o trabalho delas do dia a dia: levar menino para a escola e trabalhar. Elas são marisqueiras, são pescadoras”, destacou Vitória Rodrigues.
CERTIFICADO
O certificado de “Amigo do Centro Cultural foi entregue para homenagear os artistas que realizaram exposições no local no ano de 2024. Os artistas Jean Charles, Telma Lopes, Nelson Maia, Gabriel Lopez e Vitória Rodrigues representaram todos os agraciados, que posteriormente receberão seus certificados.
ARTE E CULTURA
Além de estabelecer um contato com a comunidade, um dos objetivos do Centro Cultural é valorizar a cultura maranhense. No Espaço de Artes Ilzé Cordeiro, os artistas podem divulgar seus trabalhos e realizar exposições.
Na parede externa do prédio, há um mural que retrata o júri da baronesa de Grajaú, pelo crime contra o menino Inocêncio. A vítima era uma criança escravizada e foi assassinado por ela. O promotor Celso Magalhães se destacou por denunciá-la e conseguir levar o caso a julgamento.
Com área total de 4.825m², o prédio cujo nome oficial é “Aurora Correia Lima” compreende as instalações do Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público do Maranhão, que engloba o Memorial do Ministério Público, a Escola Superior do Ministério Público, Promotorias de Justiça e o Espaço Multimídia.
