Encontro suspeito levanta dúvidas sobre envolvimento da presidência da ALEMA em vazamento de prints com blogueiro

A política maranhense está novamente sob forte tensão. Após o vazamento de supostas conversas privadas entre o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o blogueiro Vitor Landim, um novo capítulo lança luz sobre possíveis articulações de bastidores que envolvem diretamente membros da alta cúpula da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA).
Imagens obtidas com exclusividade pelo portal São Luís Notícia mostram um encontro no dia 18/05, no mínimo, inusitado. No estacionamento do supermercado Mateus, no bairro do Araçagy, a caminhonete Toyota SW4 prata, veículo oficial vinculado à presidência da ALEMA, aparece estacionada ao lado do carro de Vitor Landim. Dentro da SW4 o assessor direto da presidência da Casa, atualmente ocupada por Iracema Vale (PSB). O detalhe que chama ainda mais atenção: O assessor já possui condenações criminais.

Na sequência registrada pelas imagens, o assessor parece entregar um envelope a Landim, o que levanta sérias questões sobre o conteúdo da suposta entrega e o real objetivo do encontro.
Além da coincidência de veículos, o episódio desperta desconfiança por conta de outros pontos controversos:
1. Por que um veículo a serviço da presidência da ALEMA foi utilizado em um encontro com o blogueiro responsável pelo vazamento das conversas com o vice-governador?
2. Qual a natureza da relação entre o assessor da presidência da ALEMÃ e Vitor Landim? Haveria motivação institucional para esse encontro?
3. Como matérias com ataques diretos a Felipe Camarão passaram a ser veiculadas, de forma recorrente, por canais, blogs e colunas diretamente ligadas à Diretoria de Comunicação da ALEMA?
4. Por qual motivo uma investigação relacionada a fatos ocorridos na capital maranhense foi encaminhada à Superintendência de Polícia Civil do Interior, quando seria de competência da capital?
5. A rapidez com que a Assembleia Legislativa acessou e disponibilizou imagens internas do seu sistema de monitoramento, supostamente para vincular Landim a conversas privadas com Camarão, também desperta dúvidas. Quem autorizou esse acesso e por qual razão?
6. Havia mesmo crime na troca de mensagens privadas entre o vice-governador e o blogueiro? Por que a Polícia realizou perícia? Quem pediu a perícia?
A sequência de episódios abre margem para a suspeita de uma possível armação política, cujo objetivo seria enfraquecer Felipe Camarão dentro do jogo de forças para as eleições de 2026. A movimentação de peças dentro da ALEMA, a presença de agentes com histórico judicial controverso, e a condução atípica da investigação pela Polícia Civil do Interior sugerem que o caso pode ir além de um simples vazamento.
Diante da gravidade dos indícios, espera-se que o Ministério Público e os órgãos de controle tomem as providências cabíveis para garantir transparência e isenção na apuração dos fatos. A população maranhense merece explicações claras e honestas e, sobretudo, respeito às instituições democráticas.