Presidente do INSS diz que ressarcimento de aposentados e pensionistas será feito ‘via benefício’

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta terça-feira (6) que o ressarcimento de aposentados e pensionistas — que tiveram recursos descontados indevidamente na fraude do INSS — será feito via benefício.
“Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de Pix, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco”, afirmou em entrevista à CBN.
Segundo Waller, os aposentados e pensionistas devem receber o recurso pela mesma conta onde é depositado o benefício previdenciário.
Isso quer dizer que ele receberá o valor do ressarcimento junto com o benefício, em folha suplementar — que é uma folha de pagamento adicional, utilizada para cobrir pagamentos que não foram incluídos na folha de pagamento principal.
“Da mesma conta que ele recebe, o seu benefício previdenciário vai ser depositado. Por isso eu peço, é para todos, não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade”, ponderou.
O alerta do presidente vem no momento em que criminosos estão se aproveitando do caso para tentar tirar dinheiro das vítimas.
Em alguns casos, bandidos abordam aposentados por telefone ou mensagens de WhatsApp se passando por funcionários do INSS e utilizam os dados da vítima para prometer a devolução do dinheiro descontado indevidamente.
Nesta segunda, o novo presidente do INSS disse que o plano de ressarcimento está em fase final e que deve ser entregue até a próxima semana.
Waller citou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu agilidade no pagamento do recurso, mas reforçou que o início do pagamento ainda não começou.
Segundo a investigação da fraude no INSS, entidades sindicais que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização e descontavam mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.
A entidade estima que 4,1 milhões de beneficiários podem ter sido vítimas dos descontos, e o prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Via G1